terça-feira, 2 de agosto de 2011

FALTA 1 DIA - Por que não levamos nossas motos para a aventura ?

          Muitos nos perguntam por que compramos motos lá, nos EUA, ao invés de mandar nossas motos para lá.  Perguntam também se vamos conseguir atravessar todas as fronteiras com motos americanas e emplacadas na Flórida.
           Bem, na logística de nossa viagem, pretendíamos mandar duas motocicletas brasileiras para lá. Duas XT-660 da YAMAHA, motos que considerávamos ideal para o percurso.  Sérgio já tinha uma em casa, eu cheguei a comprar uma 2006 em estado de 0 km, e equipá-la para a "exportação temporária",  nome do trâmite burocrático de envio, que seria feito por via aérea.
          Na hora do despacho, já preparando a papelada, veio a surpresa e decepção......   - A legislação americana exige, para esse trâmite, que o bem exportado nessa modalidade,  saia do país usando a mesma fronteira e meio de transporte utilizado na entrada, ou seja se entrou de avião, sai de avião.... - Isso faltando 30 dias para o início da aventura. 
            Começou o corre corre de última hora, e novamente o Edson Lamardo (EDDY), citado na postagem anterior, entrou em cena e partiu para  a compra de duas Shadow 600 da HONDA.
            As motos, logo que compradas,  foram transferidas para o nosso nome no Departamento de Trânsito americano e hoje estão legalizadas e com os documentos de propriedade em nome de Marcos Pires e Sérgio Cortes.
            Por que as Shadow ?  Porque é uma moto que existe bastante aqui no Brasil, e também foi vendida em grande quantidade nos EUA e talvez em todo o nosso percurso. A moto tinha um bom preço de revenda dentre as usadas. 
           Forte, segura, confortável, de fácil manutenção, mas com dois aspectos desvantajosos que vamos administrar durante o percurso; tem um tanque pequeno, 11,5 lts. o que vai nos obrigar a fazer o abastecimento a cada 150 Km rodados sob pena  de risco de pane seca (autonomia máxima de 195km); o segundo aspecto é que a moto é  "carburada", ou seja não tem injeção eletrônica, dificultando a navegação em grandes altitudes,  e no nosso caminho existem muitos Km a serem rodados na Cordilheira dos Andes.
              Já fez as contas ?????   São cerca de 19.000 km de percurso, ou seja mais  ou menos- 130 paradas para abastecer os 1.085 litros de combustível que cada moto irá beber......   os números são sempre gigantescos. 
             E como passar na fronteira brasileira com uma moto estrangeira ???? perguntam também.   Ainda não sabemos......  Até agora isso não foi esclarecido. Estaremos pleiteando um acesso temporário, aquele válido para trânsito por 90 dias.    Se não for possível, o "PLANO B" será vender as Shadodw na fronteira, atravessar a pé  e comprar, do lado brasileiro, duas motocicletas de porte médio para completar o trajeto.
             O certo é que vamos chegar em casa sobre duas rodas, e os colegas do MOTO CLUB DE CAMPOS que estão se organizando para nos esperar nos últimos 100 Km, irão testemunhar isso.     

Ufa !!!!!.... que trabalho.   
           

Um comentário:

  1. Vamos ficar na torcida e acompanhando essa nova aventura de vcs.
    Boa viagem!!!

    Abraços....

    Renato e Wilsa

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