quarta-feira, 24 de agosto de 2011

21º Dia –23/08/2011, TERÇA FEIRA - De Seguin, Texas – EUA á Monterrey – MÉXICO.

KM DO DIA: 535  – KM TOTAL: 5.726
Oi pessoal,
             Foi um grande dia, com muitas novidades e sustos.  Vamos a ele.
             Esperávamos fazer os 360 km que faltavam até a fronteira com o México e ficar por lá para levantar o máximo de informações sobre a segurança, e os trâmites burocráticos, e atravessar no dia seguinte.   Mudamos tudo.
             Como não tínhamos pressa, saímos tarde do hotel, por volta das 10 horas. Vejam as fotos de nosso último hotel em território americano e a piscina do tradicional banho na chegada.




             Iríamos deixar a majestosa  estrada “Interestadual 10” para pegarmos, na cidade de San Antônio, a Rota 35 para o sul, em direção a fronteira, por cerca de 320 km. Com medo de esquecer o número das estradas, decidimos usar o já conhecido “GPS de pobre”, que consiste em colar uma fita crepe no tanque de combustível com a numeração e sentido das estradas, veja como é funcional a nossa tecnologia....

             A qualidade da  nova estrada caiu bastante e o sol quente já mostrava como seria a nossa despedida do território texano. Temperatura em torno de 44 graus, segundo os telejornais locais



             Foi quando encontramos num posto de gasolina a cerca de 40 milhas da fronteira, um mexicano que viajava de carro com a família e nos disse que os procedimentos para atravessar a fronteira eram rápidos e a “carreteira” de 170 km que levava da fronteira a Monterrey era segura e da melhor qualidade, 3 pistas para cada lado.   Foi o suficiente para decidirmos,  --   “vamos atravessar hoje, afinal são apenas 2 horas da tarde”.



            Começou o susto. O mesmo mexicano nos falou de um carimbo que deveria ser batido no documento de propriedade da moto, que a  liberaria para trânsito no México. Fomos direto para a Aduana americana, apresentamos os documentos pessoais e da moto e fomos liberados em 10 minutos para sair do país.   Aí eu decidi pedir a tal “carimbada”.  Depois de uma reunião entre eles, concluíram que a Aduana encarregada de tal carimbo era a outra, utilizada por veículos de carga e  em outra ponte a mais de 20 km dali. Lá fomos nós.
            Pagamos o preço de pedágio de caminhão, mesmo sendo moto, (US$ 8,75) e fomos liberados para passar. Novamente pedi – “cadê minha carimbada?” Fomos mandados para o setor de exportação de bens, no varejo, usado pelos mexicanos e lá confirmaram: PRECISA SIM DE UMA CARIMBADA, E VOCÊS DEVERÃO DAR ENTRADA NOS DOCUMENTOS HOJE E VOLTAR AQUI DENTRO DE 72 HORAS PARA A LIBERAÇÃO.   Maldita carimbada......   3 dias parados na fronteira, não é posssssssível. “ É a lei americana, dizia o cara e vocês estão sujeitos a ela, sem contar que sem esse carimbo as motos podem ser apreendidas no México”.  Dorme com um barulho desse!   
             Decidimos voltar na primeira aduana.  E o sol de 44 graus comendo no lombo.
             Lá chegando, fizemos todo o procedimento de saída novamente, e perguntamos se poderíamos retornar caso as informações que iríamos buscar junto a Aduana mexicana fossem desfavoráveis - Sem problemas afirmou o oficial, vocês tem visto válido.
             Lá fomos nos, morrendo de medo de perder “as poderosas” e ter que voltar para casa de avião.
            Tudo não passava de desinformação.  O tal procedimento era para veículos usados, comprados por mexicanos em território americano e destinados a legalização no departamento de trânsito daquele país. 
            No nosso caso, receberíamos uma autorização de 30 dias para veículos e pessoas e bastava.  Havia também um depósito  obrigatório feito em um banco oficial (US$ 400,00) que seria devolvido na fronteira de saída, mais uma taxa de aduana de U$ 48,00.
             À 18.30h estávamos com toda a documentação em mãos para seguir a  viagem.


           Por pouco não ficamos 3 dias mofando na fronteira,  esperando “uma carimbada”.
             Bem, tinha mais, agora era sair rápido dali porque escurece às 8 horas e os  “NARCOTRAFICANTES”, de plantão, não dão mole para estrangeiros adoradores de “carimbadas”.
              Enchemos o tanque e pé na estrada, digo, roda na estrada, que, por sinal, era exatamente como o mexicano do posto nos falou, três pistas, polícia e exercito na estrada, 170 km da melhor qualidade, ele só esqueceu de avisar que não havia posto de gasolina e como aceleramos com vontade a moto branca deu vexame e faltou combustível.  Tivemos que usar o galãozinho reserva, que carregamos amarrado para essas emergências.


MUITO COMUM NAS NAS ESTRADAS DA AMÉRICA DO SUL E QUE AGORA ENCONTRAMOS POR AQUI TAMBÉM - SANTUÁRIOS CONSTRUÍDOS ÀS MARGENS DAS RODOVIAS




              Mortos, acabados, esgotados, e muito felizes chegamos às 9 horas em Monterrey e pegamos o primeiro hotel que encontramos pela frente, ótimo por sinal.
             Amanhã não vamos viajar, decidimos tirar o dia para descansar e encontrar uma oficina para revisar o carburador de minha moto.
Até lá.

2 comentários:

  1. Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.Parabéns pela determinação e força de vontade,a vocês Aventureiros do asfalto e Guerreiros do Brasilllllll!!!!!!!
    Flávia Murad

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  2. Marcos, parabéns, fico daqui acompanhando cheio de "inveja", já falei com Vania que ano que vem farei a Rota 66, se Deus quiser. Se tiver alguns malucos querendo me acompanhar sera um grande praze, boa viagem e que Deus os acompanhe. Estou torcendo por vcs.
    Grande abraço
    Ernesto

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